Vulnerabilidade como ato de coragem
- Brena Marques
- 17 de out. de 2023
- 1 min de leitura

Outro dia em uma conversa me perguntaram se eu me colocava em vulnerabilidade. Pensei um pouco antes de responder e declarei meus medos ao outro. Não porque queria agradá-lo, mas por me senti acolhida e amparada em minha própria dor. Por mim. Saber onde seu calo aperta e poder ter cuidado com suas feridas, pode possibilitar uma relação de maior beleza e honestidade com as pessoas. Foi bonito poder falar dos meu medos, sem me sentir julgada ou definida por isso. Eu sentia no meu corpo que eu poderia relaxar.
É um ato de força, poder sentir o que se sente, acolher seus traumas, histórias, medos... Ser inteiro em si. Quando esse encaixe interno de luz e sombra entra em sintonia e amorosidade, o outro não consegue te machucar com aquela força que te desorganiza. Mas claro, devemos nos proteger de possíveis ameaças e violências. A vulnerabilidade é uma sabedoria que também deve ser bem direcionada. Mas venho percebendo, a partir do meu processo de autoconhecimento, como acompanhando meus clientes nos seus, que a força e a beleza do humano está em sentir, ser afetado e poder ser autêntico com o que lhe acomete. As relações mais bonitas, honestas e profundas são aquelas onde você pode ser vulnerável (ser você!)
Imagine só se as pessoas estivessem menos ligadas a proteção de uma imagem perfeita e pudessem falar de seus medos sem serem diminuídas por isso.
Que possamos ser vulneráveis, criando ajustamento interno para sermos quem somos e bancar isso no mundo em liberdade.
Com carinho,
Brena.
Imagem: As Duas Fridas (1939)
Comments